Veja as vantagens e desvantagens sobre a reclassificação

Ofertas verbais para jogadores muito jovens (como a oferta da Universidade de Tennessee para Jacorey Brooks da oitava série) sempre rendem manchetes e a imaginação dos pais e mães em todos os lugares. No entanto, há um grupo crescente de crianças e pais que estão apostando que sair mais tarde da escola melhorará suas chances de obter uma bolsa de estudos atlética. É chamado de reclassificação.

É quando um aluno-atleta e seus pais fazem uma escolha consciente para se “atrasar” um ano no ensino médio. Com a intenção de desenvolver melhores notas e se preparar melhor para o Scholastic Assessment Test (SAT)¹. E, do ponto de vista esportivo, dando ao aluno-atleta mais um ano para se tornar maior, mais forte, mais alto e mais maduro.

As opiniões estão bem divididas sobre o assunto. Alguns vêem a reclassificação como um movimento ousado para ajudar seu filho ou filha a obter uma vantagem de recrutamento competitivo, enquanto outros vêem isso como simplesmente antidesportivo – explorando uma lacuna do sistema.

Vale lembrar que a NCAA aprova a reclassificação desde que todas as suas regras que regem o processo, sejam seguidas. O objetivo deste texto não é julgar de uma forma ou de outra, mas compartilhar as vantagens e desvantagens da reclassificação para o estudante atleta.

Um ano para ficar maior, melhor e mais sábio

Como todos sabemos, a adolescência é uma época de transição. Por exemplo, não é incomum que um adolescente cresça várias polegadas de altura em poucos meses. Então, imagine o que um ano extra de desenvolvimento poderia significar para um estudante atleta. Poderia significar ganhar mais centímetros, massa muscular ou peso, além de se tornar mais experiente e melhor em seu esporte. Esse tamanho e experiência é algo que vai aparecer quando os treinadores olharem os highlights do atleta.

Reclassificar é uma oportunidade de melhorar as notas

Mais ano também significa outra chance de aprimorar hábitos de estudo ou fazer um curso para melhorar academicamente. Com um Grade Point Average (GPA)² bom, pode aumentar a quantidade e a qualidade das oportunidades de recrutamento para a faculdade.

Tempo de sobra para descanso e recuperação de uma lesão

O ensino médio oferece uma pequena janela de tempo para o atleta exibir sua habilidade atlética. Uma lesão pode colocar em risco o sonho de ir para a faculdade. Reclassificando, no entanto, lhes daria uma óbvia vantagem de se recuperar de uma lesão e recuperar o ano ou a temporada que eles perderam.

Um outro aspecto é que o estigma social já associado a reclassificação diminuiu. Na verdade, em algumas comunidades é exatamente ao contrário. Reclassificar é um sinal de que você tem talento de organizar a sua escolaridade, para conquistar uma bolsa de uma faculdade da primeira divisão ou até mesmo um clube profissional.

Embora seja fácil ver por que muitos pais apoiam a reclassificação, essa escolha tem o seu lado negativo.

Reclassificar é mais difícil do que você pensa

É complicado. Há muitas, muitas regras e regulamentos a seguir e é necessário ter conhecimento antes de tomar qualquer decisão. Fazer o movimento errado no momento errado pode afetar negativamente não apenas a elegibilidade para a universidade do atleta, mas também pode afetar a elegibilidade na escola secundária.

Dizendo adeus aos amigos

Embora o estigma social tenha diminuído, ainda pode ser difícil para o garoto quando ele está sentado em uma sala de aula cheia de alunos mais jovens. O garoto terá que lidar com os amigos e colegas de classe, muitos dos quais eles podem ter conhecido desde a escola primária, avançar e se formar primeiro do que eles.

Reclassificar pode ser caro

O adiamento do ano de graduação do atleta pode ser caro. Lembre-se, outro ano de escola significa pagar mais uma taxa de matrícula em uma escola privada ou preparatória para o último ano do atleta, pagar outro ano em um ginásio para treinar, pagar camps, pagar equipamentos entre outras coisas. Mesmo que tenham atrasado a graduação, as despesas podem continuar aumentando.

O atleta estudante pode regredir

Reclassificar vem sem garantia de que o atleta dominará a sua classe e se vai ter ótimos números contra adversários mais jovens. Sempre há uma chance de que o atleta possa jogar apenas no nível do grupo mais jovem em que acabou de se juntar.

Uma estratégia desgastada?

Por último, a reclassificação não é nada de novo e pode chegar rapidamente a um ponto em que não é mais uma estratégia eficaz. A um tempo atrás, um grupo menor pode ter conseguido uma vantagem legítima. Agora, à medida que mais e mais atletas se reclassificam, o espaço começa a fechar e essa vantagem se torna menor. A verdade é que a reclassificação é um jogo de variáveis.

Gostou? Quer saber sobre outro assunto ligado ao high school? Tem dúvidas ou alguma crítica? Escreva nos comentários, sua opinião será sempre bem vinda.

¹ = Teste de aptidão escolar

² = Média geral de notas do semestre

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Sobre Felipe Souza

Sou o criador do site HSBasketballBR e do Blog do Souza. Fui o primeiro brasileiro a escrever sobre high school para um site americano, o D1Vision. Trabalhei para a Liga Super Basketball como repórter e assessor de imprensa. Também escrevi para os blogs como Jumper Brasil e TimeOut Brasil, tive textos publicados pelo Bala Na Cesta. Trabalho de Scout nas horas vagas e acredito que o estudo diário do basquete, me faz um profissional melhor.

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